Palácio Nacional da Pena

Sugestão de Férias: a magia de Sintra

Agora que se avizinham as férias de Verão, visitamos uma das localidades mais belas de Portugal: Sintra, com os seus palácios plenos de magia e a sua paisagem deslumbrante. É uma excelente escolha para visitar nas férias, e aqui na Charmy Gift Store temos algumas recordações ideais para assinalar a visita.

Castelo dos Mouros

As origens do denominado Castelo dos Mouros, um dos únicos exemplares de arquitetura militar em Sintra, não estão ainda completamente esclarecidas. São várias as teorias aventadas pelos investigadores. Uns defendem que poderá ter tido origem no séc. VII e, consequentemente, no período de domínio dos visigodos. O principal facto que sustenta esta teoria é o aparelho utilizado na edificação das muralhas. Contudo, a maioria dos investigadores atribuem a fundação da fortaleza ao século VIII ou IX e neste caso ao período muçulmano.

Edificado estrategicamente num dos picos mais altos da serra e sobre um afloramento de grandes penedos graníticos, que a norte funciona como uma defesa natural intransponível, o castelo ergue-se pleno de nobreza e excelência.

Estruturalmente, a fortificação apresenta dupla cintura de muralhas (a exterior encontra-se hoje parcialmente destruída). De planta irregular, cobre cerca de 12.000 m2. No interior observamos ruínas do que foram estruturas para armazenamento de géneros cerealíferos, estábulos e uma cisterna de planta retangular, com 18 metros de comprimento por 6 de largura. No extremo norte rasga-se, dissimulada no pano de muralha, por entre silvas e outra vegetação a famosa Porta da Traição.

Durante alguns séculos, e porque deixou de ter serventia, as árvores e os arbustos apoderaram-se dos panos de muralha, em certos casos houve mesmo a derrocada de parte dela. Pastores e gado passaram a ser os vigilantes atentos da ruína em que a antiga fortaleza se encontrava. Contudo, é chegado o século XIX e, consequentemente, a estética romântica a sorte do “Castelo dos Mouros” seria alterada.

Mais uma vez o espírito sensível, esclarecido e iluminado do rei D. Fernando II teve um papel de importância capital na sua recuperação. Os recantos arquitetónicos em ruínas cobertos pela vegetação autóctone eram muito apreciados neste período. Contudo, D. Fernando II, estava determinado a não deixar desaparecer o pouco que ainda existia da fortaleza e, assim, em meados do século, mandou avançar o Barão von Eschewege com o restauro e consolidação dos velhos panos de muralha e das suas torres devolvendo a silhueta do “Castelo dos Mouros” à luxuosa paisagem sintrense.

No interior das muralhas, assim como na sua envolvente exterior, o rei artista, mandou arborizar toda a área, o que hoje, passados cerca de cento e cinquenta anos, nos deleita e corta a respiração ao observar a paleta de cores oferecida pelas folhas das caducifólias, com os verdes, os castanhos, os laranjas ou os amarelos.

Palácio Nacional de Sintra

O Palácio Nacional de Sintra, situado no centro histórico da Vila, é um monumento único e incontornável pelo seu valor histórico, arquitetónico e artístico.

De todos os Palácios que os monarcas portugueses mandaram erigir ao longo da Idade Média, apenas o de Sintra chegou até aos nossos dias praticamente intacto, mantendo a essência da sua configuração e silhueta desde meados do século XVI. As principais campanhas de obras posteriores à Reconquista cristã (século XII) foram promovidas pelos reis D. Dinis, D. João I e D. Manuel I, entre finais do século XIII e meados do século XVI. Estas obras de adaptação, ampliação e melhoramento determinaram a fisionomia do palácio.

O Paço mouro
A Alcáçova da vila

As primeiras alusões a estruturas palacianas em Sintra são anteriores à Reconquista. O geógrafo árabe Al-Bakrî (século XI) refere, em Sintra, dois castelos de extrema solidez (fonte: Al-Himyarî, geógrafo e historiador muçulmano). Estes seriam o situado no cimo da serra, que ainda é chamado Castelo dos Mouros, e o que existiria no local do atual palácio, implantado junto à povoação, na antiga Almedina. Teria servido como habitação dos governantes mouros e, após 1147, dos reis cristãos, na sequência das conquistas de Santarém e de Lisboa.

Em Carta Régia de 1281, D. Dinis, ciente das necessidades de manutenção dos edifícios sintrenses da Coroa (mea palacia, como são referidos pelo próprio rei), concede regalias aos mouros livres da vila vizinha de Colares pela conservação e renovação do seu Paço de Sintra: o Paço mouro pertencente à Coroa por direito de conquista, situado no interior de um recinto amuralhado.

Uma das três vistas (1509) de Duarte d’Armas (1465-?), inestimáveis fontes iconográficas por serem anteriores à campanha de obras de D. Manuel I, mostra, à esquerda, umas construções, hoje desaparecidas, com a legenda Meca (toponímia evocativa do velho paço mouro que ainda perdurava nos inícios do século XVI?). Neste local D. Manuel mandaria construir, poucos anos depois, a Torre da Sala dos Brasões.

O Paço Real
As principais campanhas de obras

Após a retoma de Sintra, decorreu algum tempo até os reis portugueses começarem a frequentar o Palácio com maior assiduidade, sobretudo depois de Lisboa se afirmar como sede do poder central. A proximidade da capital, o clima privilegiado, a paisagem, a abundância de víveres e as condições de caça foram fatores determinantes na escolha de Sintra como refúgio da Corte durante os meses de verão.

D. Dinis (reinado, 1279-1325) foi, provavelmente, o primeiro monarca a interessar-se pelo paço sintrense, uma vez fixados os limites do território português. Os seus aposentos situar-se-iam na parte mais elevada do edifício, a norte, junto da Capela Palatina que mandou construir. Este corpo ainda sobrevive e um dos seus espaços mais antigos é o conhecido como Quarto-Prisão de D. Afonso VI.

As grandes transformações e alargamentos do Palácio datam do período de D. João I (reinado, 1385-1433), no primeiro quartel do século XV, tendo-se atribuído as obras a João Garcia de Toledo. O novo paço, mais amplo e faustoso, organiza os aposentos em torno do Pátio Central, justapostos e comunicando entre si, com funções diversas, em parte referidas no manuscrito Medição das Casas de Cintra que o rei D. Duarte deixou. Destaca-se a fachada principal da construção joanina, voltada para a vila, quase totalmente ocupada pela Sala dos Cisnes, principal espaço de aparato. A distribuição do conjunto de salas anexas respondia a um critério de crescente privacidade, segundo o modelo de várias antecâmaras (Sala das Pegas, de D. Sebastião, das Sereias, onde se localizava o guarda-roupa, e de Júlio César), câmara ou quarto de dormir (Sala dos Árabes) e trascâmara (Quarto de Hóspedes). Deste modo, as divisões mais afastadas da Sala dos Cisnes seriam as mais restritas e íntimas. Fechando este conjunto, erguem-se do lado nascente as cozinhas, cujas monumentais e duplas chaminés cónicas se tornaram no ex-líbris do palácio e da própria vila de Sintra.

Devem-se a D. Manuel I (reinado, 1495-1521) as campanhas de obras destinadas a embelezar e beneficiar o Palácio, destacando-se os elementos decorativos manuelinos (portas e janelas) e mudéjares (revestimentos azulejares), bem como dois novos corpos que engrandeceram o paço real: a ala nascente, destinada aos aposentos de D. Manuel, e a Torre coroada pela Sala dos Brasões.

Ao longo dos séculos seguintes, poucas intervenções tiveram um impacto profundo no perfil do Palácio e o acontecimento mais significativo nele ocorrido, posterior ao reinado de D. Manuel, terá sido o cativeiro de um rei sem trono, D. Afonso VI, episódio que marca o fim do período mais intenso de habitação real.

O Palácio Nacional de Sintra foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e integra-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.

Em 2013 passou a integrar a Rede de Residências Reais Europeias.

Palácio Nacional da Pena

Em 1838, o rei D. Fernando II adquiriu o antigo convento de monges Jerónimos de Nossa Senhora da Pena, que tinha sido erguido no topo da Serra de Sintra em 1511 pelo rei D. Manuel I e se encontrava devoluto desde 1834 com a extinção das ordens religiosas. O convento compunha-se do claustro e dependências, da capela, sacristia e torre sineira, que constituem hoje o núcleo norte do Palácio da Pena, ou Palácio Velho. D. Fernando começou por efetuar reparações no antigo convento, que, segundo fontes da época, se encontrava em muito mau estado. Remodelou todo o piso superior, substituindo as 14 celas por salas de maiores dimensões e cobrindo-as com as abóbadas que hoje vemos. Cerca de 1843, o rei decidiu ampliar o Palácio através de uma nova ala (Palácio Novo) com salas de ainda maior dimensão, de que é exemplo o Salão Nobre, rematando-a com um torreão circular junto às novas cozinhas. A obra foi dirigida pelo Barão de Eschwege.

No restauro de 1994 repuseram-se as cores originais no exterior do Palácio: rosa-velho para o antigo mosteiro, ocre para o Palácio Novo.

Ao transformar um antigo mosteiro numa residência acastelada, D. Fernando revelou ter uma forte influência do romantismo alemão, tendo-se provavelmente inspirado nos castelos à beira do Reno de Stolzenfels e Rheinstein, assim como na residência de Babelsberg em Potsdam. A obra do Palácio da Pena terminou em meados da década de 1860, embora posteriormente se fizessem campanhas de decoração de interiores. D. Fernando mandou igualmente plantar o Parque da Pena nas áreas envolventes do Palácio à maneira dos jardins românticos, com caminhos serpenteantes, pavilhões e bancos de pedra a pontuar os percursos, bem como árvores e outras plantas provenientes dos quatro cantos do mundo, tirando partido do clima húmido da serra de Sintra e criando de raiz um parque exótico com mais de quinhentas espécies arbóreas.

A construção mais interessante do Parque da Pena é o Chalet da Condessa (ou Casa do Regalo), que se encontra no extremo ocidental do Parque da Pena. Foi mandado construir por D. Fernando II e pela sua futura segunda mulher, Elise Hensler (Condessa d’Edla), como local de veraneio reservado. É uma construção de dois pisos com forte carga cénica, de inspiração alpina, que mantinha uma expressiva relação visual com o Palácio.

O Palácio da Pena foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e integra-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.

Em 2013 passou a integrar a Rede de Residências Reais Europeias.

Palácio e Quinta da Regaleira

O palacete da Quinta da Regaleira foi mandado construir nas primeiras décadas do século XX, por Carvalho Monteiro que encarregou o cenógrafo italiano Luigi Manini do seu projeto. De prospeto revivalista neo-manuelino impõe-se pela sua profusão decorativa. Os frondosos jardins, qual cenário tridimensional, caracterizam-se pelos poços, grutas, lagos e pavilhões que revelam o gosto do comendatário, sendo abundantes as alusões simbólicas, algumas delas de génese maçónica.

O Bolo de Noiva foi a denominação que os habitantes da vila de Sintra utilizaram para definir aquela estrutura irreal que se erguia não muito longe do palácio dos Reis. Cenograficamente, nunca nada se tinha visto que se lhe pudesse comparar. É certo que os vários palácios como Monserrate ou a Pena, resultado do período romântico, apresentavam-se merecedores de obras de arte por si próprias, encantando eruditos e analfabetos. Contudo, a nova quinta do milionário Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro era algo de diferente. O resultado final apresentava várias estruturas decoradas num estilo revivalista a que absolutamente ninguém conseguia ficar indiferente.

Para compreendermos um pouco da História da Quinta da Regaleira temos de recuar alguns séculos, mais exatamente ao século XVII. A documentação disponível é escassa, porém, sabe-se que, em 1697, José Leite adquiriu uma extensa propriedade no termo da vila de Sintra que corresponde mais ou menos aos atuais limites do parque. Alguns anos mais tarde, em 1715, a quinta foi adquirida em hasta pública por Francisco Alberto de Castro e ostentou o topónimo de Quinta da Torre ou do Castro. O novo proprietário foi o introdutor da água canalizada na quinta, a partir de uma nascente da serra de Sintra.

Em 1830, a quinta pertenceu a Manuel Bernardo Lopes Fernandes e, em 1840, tornou-se propriedade da filha de uma abastada negociante do Porto, de seu nome D. Ermelinda Allen, que, mais tarde, foi agraciada com o título nobiliárquico de Baronesa da Regaleira. A Quinta da Regaleira recebeu este nome porque, segundo a tradição, a nova proprietária achava um regalo a vista de uma das torres do jardim.

A Quinta da Regaleira estava, no entanto, ainda longe daquilo em que se iria transformar no início do século XX. Para além de um palácio e de uma capela, há uma série de outras estruturas que apresentam uma profusa decoração revivalista saturadamente preenchida de sentidos simbólicos.

Em 1892, os então Barões da Regaleira venderam a propriedade ao conhecido milionário Monteiro dos Milhões, isto é, ao Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro. Nascido no Rio de Janeiro, em 1848, e filho de pais portugueses, cedo abandonou o Brasil e veio para Portugal, onde se licenciou em Direito na Universidade de Coimbra. Dono de uma riqueza considerável, adquiriu a propriedade de Sintra para ali edificar um palácio muito especial.

Carvalho Monteiro era um homem de uma cultura significativa. Sendo um amante incontestável da epopeia nacional, transpôs para a decoração do seu novo palácio os principais símbolos da nação portuguesa, relembrando assim os momentos áureos vividos pelos lusitanos nos seus vários séculos de existência. Este gesto fora traduzido num gosto revivalista com grande incidência na ornamentação ao estilo manuelino, possivelmente por este ser um dos principais momentos de glória que o país atravessou com a descoberta de novos caminhos para outras partes do globo ou, pelo menos, um dos períodos que nos legou um estilo arquitetónico com uma decoração tipicamente lusa e que se acordou, hodiernamente, chamar-se manuelina por ter sido criada no reinado do Rei Venturoso.

Sintra apresenta-se ao mundo como um cadinho mágico, quase que diferente de todos os lugares da terra que conhecemos. Como tal, a obra de Carvalho Monteiro não seria uma obra qualquer e, sendo ele inspirado pelo ecletismo estrutural e decorativo do altivo Palácio da Pena, convidou um dos melhores, senão mesmo o melhor cenógrafo da época para projetar o seu sonho, o italiano Luigi Manini, que tinha terminado as obras no Hotel Palace do Buçaco em estilo neo-manuelino. Foi o próprio Manini que se encarregou de projetar os planos e edificar a obra de Carvalho Monteiro.

Para além do palácio, o arquiteto interveio, ainda, nos quatro hectares da quinta, projetando intervenções para lagos, grutas, edifícios enigmáticos, jardins luxuriantes e outros lugares, carregados de simbologia alquímica, maçónica ou ainda relativa aos Templários e aos Rosa-Cruz que, com o habitual nevoeiro que se levanta nas faldas da serra, conferem ao local uma densa aura de mistério. A própria arquitetura foi claramente inspirada nos vários modelos arquitetónicos, desde o nascimento da nação com estruturas a evocarem o românico, o gótico, como já acima dissemos, renascença e manuelino e, inclusive Arte Nova. As obras terminaram em 1910.

Até este momento, Sintra tinha assistido ao edificar, aqui e ali, de várias estruturas residenciais e / ou palacianas com o objetivo de residência permanente, veraneio ou simplesmente por outras razões que não importam aqui explorar. A Quinta da Regaleira quebra essa tradição e aproveita a magia da serra de Sintra para se tornar, ela própria, num espaço mágico cheio de códigos indecifráveis e símbolos que desafiam o observador e lhe povoam o imaginário.

Luigi Manini, o cenógrafo convidado para traçar a nova estrutura trabalhava também no Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa. Não admira, portanto, que o cenário da Quinta da Regaleira pareça saído de uma cena de ópera. O conjunto formado pelo palácio, a capela, o poço iniciático, os lagos, as esculturas, as torres, as grutas artificiais, miradouros, espaços para assembleias e outros recantos que encantam, retiram-nos da realidade que vivemos no dia-a-dia. Tudo pensado e trabalhado ao mais pequeno detalhe e pormenor.

A riqueza iconográfica, por vezes encriptada, de cada peça de cantaria, convida qualquer um a desvendar-lhe a leitura. Os símbolos, figuras, objetos, emblemas, cartelas, formas, etc… revelam-se surpreendentes, em que a originalidade de Manini conferiu ao conjunto uma série de características excecionais que transformaram quase todo o espaço da quinta e do respetivo jardim num extraordinário cenário de ópera.

A riqueza da simbologia que aqui encontramos nem sempre está acessível ao observador. Se, por um lado, as alusões ao manuelino são fáceis de identificar, outros elementos relativos ao inferno de Dante, ou até mesmo à egiptologia, são um pouco mais complicados e carecem de conhecimentos adicionais que, muitas vezes, requerem mesmo noções claras de conceitos ligados ao simbolismo. Este vasto espaço, carregado de misticismo e de percursos iniciáticos, foi, segundo alguns autores, feito propositadamente para os que pertencem à Maçonaria.

Apesar da sua aura mística, não sabemos ao certo se algum ritual ou algo que se lhe possa assemelhar alguma vez ali terá tido lugar. Em 1942, a já famosa Quinta da Regaleira, foi comprada pelo milionário Waldemar D`Orey. Imediatamente após a aquisição, contratou dois importantes arquitetos, Luís de Couto e António Lino, para remodelar o interior do palácio de forma a adaptá-lo à sua grande família e eliminar alguns elementos decorativos.

Mais tarde, no ano de 1988, os herdeiros de Waldemar D`Orey venderam a propriedade à empresa japonesa Aoki Corporation que a manteve encerrada apenas com um caseiro a guardá-la. Finalmente, em 1997, a Quinta da Regaleira foi adquirida pela Câmara Municipal de Sintra, passando a ser gerida pela Fundação Cultursintra. Em maio de 1998, recebeu da Ford Portuguesa o primeiro Prémio Nacional do Património Histórico.

Palácio de Monserrate

A quatro quilómetros do centro histórico de Sintra, situam-se o Palácio e o Parque de Monserrate, testemunhos ímpares dos ecletismos do século XIX, onde os motivos exóticos e vegetalistas da decoração interior se prolongam harmoniosamente no exterior. O relvado fronteiro ao palácio permite o descanso merecido, durante a descoberta de um dos mais ricos jardins botânicos portugueses e uma das mais belas criações paisagísticas do Romantismo em Portugal.

A Quinta de Monserrate foi arrendada por Gerard de Visme (1789), rico comerciante inglês, que aí construiu uma casa em estilo neogótico. William Beckford subarrendou Monserrate em 1793-1794 mas, em 1809, quando Lord Byron visita a propriedade, a casa já estava em ruínas. 

Um dos visitantes famosos foi Francis Cook, outro muito rico industrial inglês mais tarde agraciado pelo rei D. Luís com o título de Visconde de Monserrate, que sub-rogou a propriedade em 1856. A aquisição efetiva da propriedade acontece em 1863, iniciando, com o arquiteto James Knowles, a transformação do que restava da casa de De Visme. O Palácio de Monserrate, que exibe, na sua decoração, influências medievais e orientalizantes, é, com o Palácio da Pena, um dos mais importantes exemplos da arquitetura romântica em Portugal.

Os jardins circundantes receberam espécies vindas de todo o mundo e foram organizados por áreas geográficas, de que se salienta o do México, refletindo as diversas origens das plantas e compondo cenários ao longo de caminhos, por entre ruínas, recantos, lagos e cascatas.

Graças à intervenção do pintor William Stockdale e do mestre jardineiro Francis Burt e, acima de tudo, ao espírito romântico de Francis Cook, hoje podemos encontrar o Parque de Monserrate tal como ele é. Nos diversos jardins encontram-se cenários contrastantes onde – ao longo de caminhos sinuosos e em convívio com espécies espontâneas da região (como os medronheiros de porte arbóreo, os azevinhos e os imponentes sobreiros) – surgem ancestrais araucárias e palmeiras, fetos arbóreos de Austrália e Nova Zelândia e agaves e yuccas que recriam um cenário do México. Neste passeio pelos cinco continentes através da botânica também se destacam as camélias, azáleas, rododendros e bambus, evocando um jardim do Japão.

O Estado adquiriu a propriedade e o palácio em 1949.

O Parque e Palácio de Monserrate foram classificados como Imóvel de Interesse Público em 1975, integrando-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.

Fonte: Início – Visit Sintra

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